Monday, June 29, 2009
Chilenismos del mexicano hambriento
pues voy pa’l diablo, cabrones.
En la chamba me dijeron
así los pinches patrones.”
“¿Cómo crees que vas pa’l diablo?
¿Vas por donde los pelones?”
“Hasta la chancla del diablo
es adonde voy, fregones,
y se llama algo picante,
algo así como chipotle.”
“Ya sé adónde vas, pendejo,
desanúdate los chones:
‘Chile,’ no ‘chipotle,’ güey.”
“Ya sabía, no te enojes.
No te des por aludido –
fue chiste pa’ estos burrotes.
Pero a ver, que tú me digas,
tú que sabes de naciones,
¿qué es lo que comen en Chile,
enchiladas con limones?”
“Te lo explico así de fácil
pa’ que entiendas mis razones:
Buscarás en vano, ‘mano
cuando extrañes el atole,
pues no hay tal concepto en Chile,
que nones pollos pelones.
Cuando vayas a decir
que dónde está el guacamole,
mira bien que digas ‘palta,’
aunque pa’l tamal no te antoje,
pues es un líquido verde,
como que aguaron el mole.
Y cuando te ofrezcan ‘choclo,’
ni creas zampar bombones
ni nada de chocolate,
porque así indican ‘elote.’
Si te hablan de la ‘frutilla’
no te indignes cual fresote.
De la fresa se trata, ¿sí?
O sea: no seas prole.
Pero otros manjares tienen.
Te menciono los mejores.
No te achicopales, ‘mano,
sólo hay que saber los nombres.
Si te ofrecen una sopa
que se parece al pozole,
ahí encuentras calabazas—
son “zapallos”—y frijoles.
Pídete unas empanadas
de sabores sabrosones.
Haz de cuenta quesadillas
infladas como colchones.
Lo mejorcito que tienen
es pescado, congrio, ostiones—
con la comida del mar
hay muchas buenas opciones.
Y levántate temprano,
tan pronto oigas los relojes,
para buscar un ‘completo’—
es el rey de los hotdogues:
desayuno que se sirve
hasta con to’y medianoche.”
“Te agradezco tus consejos.
Me voy como en las canciones:
‘México lindo y querido’
y mi salsa de chipotle.”
Thursday, June 25, 2009
Esboços do Nu Modernista
O nu literário às vezes retrata-se num contexto natural, favorável aos objetivos da filosofia naturista. O seguinte são idéias referentes a alguns exemplos do nu natural num contexto especificamente brasileiro: o modernismo. Oswald de Andrade, por exemplo, contextualiza o nu com versos “digeridos” dos colonizadores portugueses. Eis o “erro de português”:
Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português
Já no começo do modernismo, no esforço de revalorizar a autêntica cultura brasileira, Oswald apontou para o aspecto positivo do nu, porém um nu potencial, não realizado no desigual intercâmbio das tradições. Nestes versos o clima parece ser o único fator decisivo na luta da roupa, mas como sabemos, na realidade a religião e os costumes europeus foram as causas da abolição da prática indígena de andar despido. Em mais um poema, “as meninas da gare,” Oswald volta a este momento inicial de contato entre culturas para desenvolver o efeito da nudez natural dos indígenas sobre os europeus. Os versos, ironicamente traspostos da Carta de Pero Vaz de Caminha (de 1500) a um cenário urbano moderno, cuestionam jocosamente o preconceito importado da vergonha:
Eram tres ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espadoas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós as muito bem olharmos
Não tinhamos nenhuma vergonha
As “vergonhas” expostas aqui curiosamente negam, dentro dos mesmos versos, a possibilidade da “vergonha” católica na que foram criados os colonizadores. Desajeitavelmente não foi possível a inteira erradicação deste conceito do pecado original, mesmo que alguns poucos europeus adotaram o estilo naturista dos povos autóctonos. Tanto na poesia do Oswald quanto nos seus manifestos “Pau-Brasil” e “Antropofagia,” a nudez forma parte da cosmovisão indígena revalorizada pelos autores e artistas do movimento modernista.
Mário de Andrade também utiliza o nu natural, de uma maneira que afirma o caráter pluricultural do povo brasileiro. Na sua rapsódia Macunaíma, o protagonista (que quase não fala) e os dois irmãos dele saem do banho que tomaram na marca do pezão de São Tomé, transformados nos fenótipos característicos do país: branco, vermelho e negro: “E estava lindíssimo na Sol da lapa os três manos um louro um vermelho outro negro, de pé bem erguidos e nus. Todos os seres do mato espiavam assombrados.” Altamente representativa da origem natural do país, a fauna indígena aparece numa lista que faz Mário de nomes e variedades das espécies e dos ruidos que faz cada uma. Os animais “assombrados” começam a fazer barulho até que Macunaíma “botou as mãos nas ancas e gritou pra natureza: ─Nunca viu não! Então os seres naturais debandaram vivendo e os três manos seguiram caminho outra vez.” É somente depois deste bautismo (que é também metamorfose e renascimento) acompanhado pelos irmãos nus, fenotipicamente diversos, e acompanhado também pela “fala” natural dos animais do mato, que Macunaíma vai começar falar com verdadeiro sotaque e vocabulário brasileiros. Nesta cena, e também na exagerada cerimônia macumbeira num capítulo posterior, a nudez é condição imprescindível para a aproximação à essência puramente brasileira.
De maneira semelhante, as famosas imagens de Tarsila do Amaral, como A Negra e Abaporu, realçam a importância que deram os modernistas ao nu como expressão autêntica. Nestas imagens e outras semelhantes, o corpo é muitas vezes exagerado, favorecendo certa parte deformada, num intento de estender, de esse jeito emblemático, os limites da representação corpórea do país. O corpo nu foi para os modernistas um conceito atávico, ideal para encarnar a liberdade artística da criação duma nova e orgulhosa identidade nacional.
Tuesday, June 9, 2009
The Flower Song Symposium: Intro. and Scene I
Tuesday, June 2, 2009
Gerineldo and the Hairy Nalgas
Gerineldo and the Hairy Nalgas
never made it out of Juan’s garage.
Quique played the bass and Steve the drum set,
somebody sang while Juan played lead guitar.
They used to shake the house and rock the calle,
as they covered all the hits “back when,”
from Mecano up to Ozomatli,
Fabulosos Cadillacs también.
But their version of “You Drive Me Crazy”
was Juan’s creation and their biggest dream.
It was a sampler from the Romancero
that built a backstory for Britney Spears:
“El romance de la Melisenda”
about a princess who stayed up all night.
Juan got Melissa to perform the lyrics -
she was Steve’s girlfriend but Juan loved her right.
Baby, I’m so into you
Yo soy princesa, eres príncipe azul.
De mi cama salté,
Wearin’ nothin’ as if it were my birth day.
Every time you look at me
Los mis pechos laten, it’s easy to see.
You drive me crazy
No puedo dormir
Me dize mi abuela que
There’s nothing to fear.
Sooyy…loca, carpe diem’s right,
Baby, thinkin’ of you keeps me up all night.
Conde, you’re so into me
Yo soy la moça que te encanta a ti.
Dime, will you marry me?
Ya maté un hombre para llegar aquí.
Cada vez I look at you,
No sé qué hacer - ¿qué harías tú?
Me vuelves crazy
I just can’t sleep.
Me dizen mis doncellas que
I’m in too deep
Sooyy…loca, carpe diem’s right,
Baby, thinkin’ of you keeps me up all night.
Gerineldo and the Hairy Nalgas
never made it past the neighbor’s yard.
But Melissa learned that Juan was her man,
and soon “Just Married” was soaped on their car.
They had a son and named him Gerineldo,
not for them a name like “Luis” or “James.”
From the juglares to American Idol,
the more things change the more they stay the same.